sábado, 30 de agosto de 2008

Mas não de contos de fadas...Mulher com garras de feras

"Eu sempre quis ser princesa,
Mas não de contos de fadas.
Mulher com garras de feras
Queria ser musa das madrugadas
Dura na queda
Doce na boca
Gozo no escuro
Escada que só sobe
Porta sempre aberta para quem soubesse entrar.
Queria ser puta e menina
Ter colo e carinho e tapa e gemido
Gritar meu prazer e meu amor pelas ruas do Rio.

O homem que me ganhou soube tudo direitinho.
Trouxe a palavra certa
Chave exata para minha fechadura difícil
E teve o desconcerto e a timidez
E me teve de uma vez, sem lógica sem volta.

Esse homem que é meu me devora a cada dia
Com delicia de lamber os beiços
No durante e no depois.
Meu gosto, que agora é dele, fica grudado na boca.

Esse meu vagabundo,
Poeta romântico dos tempos de agora,
Fez de mim mas que princesa
E do nosso romance mas que ficção:
Fez de mim sua mulher e poeta
Fez da gente um casal
E me salvou do naufrágio
E me engoliu feito pílula
E agora viajamos juntos,
Grávidos um na barriga do outro,
Tudo em nós sendo gerado,
Um mundo real e encantado
Que a gente está criando para viver."

Não recordo o nome da autora...

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